Quando alguém se deita num colchão confortável para descansar e se cobre com um edredom fofinho, ou veste aquela jaqueta acolchoada, a última coisa em que pensa é “como será que foram feitos para serem assim tão macios?”. Mas essa é a principal preocupação da Xampool, tecelagem paulistana que surgiu em 1988, especializada em matelassê.
José Maximino Pinheiro, seu fundador, conta que, antes de abrir a empresa, trabalhou muitos anos como vendedor autônomo na área de tecidos para decoração. Ele diz que na década de 1980 houve uma invasão de matelassê no varejo, vendido a metro. Viu ali uma grande oportunidade e resolveu investir. Em 1988, recebeu a primeira máquina de matelassê nacional, e a partir de 1995, começou a importar maquinas de ponta dos Estados Unidos, capazes de fabricar até 120 m/h do produto, com desenho de até 360 graus e 3 metros de largura.
“Antes, o matelassê era usado em robes e depois começou a ser empregado em colchas, edredons, cobre leitos e outros produtos, como os colchões” relembra Maximino. Ele diz que, no início de sua empresa, apenas prestava serviços para vestuário, como, mesa e banho. Há seis anos, quando entrou na área de colchões, foi quando a Xampool começou a crescer e deu início ao comércio de seus produtos, como jaquetas, edredons, colchas, bolsas, artigos infantis, acessórios, produtos de hotelaria e ,claro, colchões. Além da comercialização, a empresa continua prestando serviços à esses segmentos, em todo o país, sempre antenada com as principais tendências da moda.
Instalada no bairro do Brás, em São Paulo, a Xampool possui uma área útil de 1.500m2 e capacidade para produzir até 100 mil metros lineares de matelassê por mês, com mão de obra especializada e funcionamento 24 horas.
Maximino diz que o matelassê é um produto muito versátil, sendo usado inclusive em calçados, forros de baú de caminhões, estofados, uniformes de frigorífico, entre outros produtos.
Nos planos do empresário está a modernização de seu maquinário, hoje todo importado. Outro alvo é o setor hoteleiro, já de olho na Copa de 2014.
Por Silvia Boriello
evista Costura Perfeita
Caderno Têxtil – Perfil Têxtil
Ano XII, n.58